quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Se chamarem, diga que eu saí.


Entra e vem correndo para mim, meu princípio já chegou ao fim, o que me resta agora é o seu amor. Traga a sua bola de cristal e aquele incenso do Nepal que você comprou no camelo e me empresta o seu colar que um dia eu fui buscar na tumba de um sábio faraó.

Veja quanto livro na estante! "Don Quixote: O Cavaleiro Andante", luta a vida inteira contra o rei. Joga as cartas, lê a minha sorte. Tanto faz a vida como a morte, o pior de tudo eu já passei...

Do passado eu me esqueci, no presente, me perdi, se chamarem diga que eu saí
( Raul seixas e Paulo Coelho )


Este post é sobre escolhas, sobre sorte e azar e a relação que tudo isso tem com os atos realizados pelo indivíduo. Podemos esquecer do passado ruim, sem no entanto jamais esquecermos porque este tempo ficou pra trás. Devemos nos entregar ao presente, perder o juízo quando nos der vontade, sem esquecer que temos compromisso com nós mesmos e com as pessoas que amamos, no mínimo. O futuro será fruto de todos os passos anteriores e o futuro é o tempo todo agoraagoraagoraagoraagoraagora....nunca cessa de chegar e blá blá blá.

Ad infinitum ou promessa

Se promessa é dívida
nunca mais vou prometer.
Não sou bom pagador.
mas ainda sou capaz de escrever
um "troço" qualquer sobre o amor

Porque o amor eu sei como é
porque sei quantas tantas vezes começou
sem jamais acabar
mas
caindo em pequenas armadilhas.
Se perdendo,
sem saber como voltar
e sabendo que outras tantas vezes
um outro amor começará.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vão

Ando pensando muito em questões essenciais e talvez por isso mesmo já não sei bem o que é essencial
às vezes dá cãibra entre as sinapses nervosas
quando acontece um vento que leva embora uma coisa que nunca foi sólida uma nuvem poderíamos dizer
A conta c/ o acaso nunca está paga
O infortúnio é cíclico como as guerras e as chuvas imprevisíveis possivelmente devido ao tal do acaso que nem sempre é sorte e não só a morte é certa
o que Nós queremos dizer e esse Nós sou eu em minhas singulares ficções é que desde o começo pensávamos na conclusão de alguma coisa iniciada sem objetivo definido que pode até mesmo ser a vida em resumo isso aqui ó
é na intenção de ter palavras pra tudo que se mergulha no eco da frustração sempre inquietando como um par de tênis usados não ser uma jura de amor eterno não sei porque
Deixemos de explicar
A certeza é um mito irresistível e você também sabe que se tenho certeza sobre o que digo nesta frase o meu nome deve ser contradição a chama da tolice na soberba de ser humano nunca se apaga
Animal.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pessoas

Pessoas falam sobre pessoas
e tentam acreditar que suas vidas
são mais do que uma bolinha de cocô
na querida Guanabara

pessoas ofendem pessoas
e parecem procurar motivos pra
que não se lembrem de si mesmas,
como se suas vidas não fossem um milagre
e esperam milagres como se eles caíssem do céu
e procriam na esperança de um futuro melhor.

Saudações

Por onde quer que se passe
em um dia
no qual o delírio insiste em tornar-se
resquício
- e isso ocorre geralmente
às segundas - feiras
as coisas ao redor se apresentam de maneira
diferente
o peso das coisas é diferente
não dá pra dizer se flutuam ou afundam
e não faza menor diferença
porque tudo é antagônico e se completa
parece absurdo porque é absurdo
positivamente
absurdo

Saudações ao que não faz falta.