Em Julho de 2007, houve um caso que ganhou grande projeção na mídia nacional por conta de suas características incomuns, ao menos aqui no Brasil. A estudante Laís, do curso de Comunicação de uma renomada faculdade particular do Rio de Janeiro, foi sequestrada e assassinada por um colega de classe chamado Pedro Motta, que a filmou durante os 3 meses de cativeiro, obrigando-a a responder perguntas que eram os motivos desencadeadores da decisão do sequestro. O caso tornou-se um livro interessante pela riqueza dos detalhes transcritos que o material filmado forneceu e certamente servirá para o estudo das psicopatologias, sua origem e desenvolvimento.
Tive acesso aos vídeos e posso afirmar que quase nada foi dito durante todas as 1.157 horas de filmagem. O diálogo foi maior no começo, no primeiro vídeo principalmente, onde o sequestrador tenta justificar-se com sua vítima e, provavelmente esperando piedade da lei, mostrando porque ele estava certo e ela errada, depois o que segue são cenas de tortura. Três meses de tortura registrados.
“Eu sou louca por um cara lá da faculdade, mas ele não dá a mínima pra mim.”
“Qual é o nome dele?”
“Por favor, me solta, Pedrinho”
“Pedrinho?! O que o medo não faz....eu era o punheteiro nojento, lembra que você me chamou assim? Vocês piranhas acham que podem fazer isso com as pessoas que respeitam vocês mas ficam se oferecendo a qualquer preço pros caras que tratam vocês como merda. FALA O NOME DELE SUA PUTA!”
“TÁ BOM... tá ...eu falo...o nome dele é Rodrigo”
“Isso. Esse é um cara legal, respeito o Rodrigo. Trata bem todo mundo, até uma idiota que nem você que não respeita o amor dele pela sua noiva só porque ninguém te respeita. Ninguém te respeita porque você é uma vadia, Laís, porra.”
Nesse momento Pedro solta uma sequência de socos na cabeça de Laís, que implora para que ele pare, mas nada o deteria naquele momento. Ele tinha raiva da bela garota que Laís poderia ser, não fosse o fato de saber que jamais a teria, ainda mais agora, que decidira torturá-la.
“Agora conta pra todo mundo as coisas que você fazia pro Rodrigo te comer”.
“Por favor, Pedro, me deixa em paz” – Dizia entre soluços.
“Você vai ficar em paz, mas antes vai contar pra todo mundo o que eu mandar. Tua família vai saber que você é uma garota estúpida e arrogante e puta. Agora fala do dia da chopada”
Ela hesitava em contar, mas a cada hesitação, era uma chuva de socos na cabeça.
“Naquela chopada da faculdade que ele foi com a noiva dele, eu fiquei dando mole a noite toda, dançando, rebolava até o chão olhando pra ele mas se ele viu duas vezes foi muito. Então, no final, como eu tava bêbada, entrei no banheiro junto com ele e tirei minha calcinha e me debrucei na pia, virada de costas pra ele, mas ele balançou a cabeça negativamente e saiu. Nunca me senti pior”.
“Foi nessa hora que eu entrei e te vi lá, chorando sentada no vaso e perguntei o que tinha acontecido e você disse sai daqui seu punheteiro nojento. Não tem nem um mês isso, certo?”
“Sim...mas eu tava nervosa...”“Tudo bem. Relaxa que isso vai acabar”.
Então ele sumiu por cerca de 15 minutos. Durante esse tempo, Laís lutou para libertar-se, mas os nós que a prendiam na cadeira eram muito firmes. Pedro retornou em silêncio com uma faca de cozinha na mão e com um gesto largo fez um enorme corte no braço da garota, que sangrou muito, e saiu do cômodo, voltando horas mais tarde, ainda sem pronunciar palavra alguma, com agulha e linha e costurou o braço que cortara, tendo como acompanhamento os grunhidos da cadela.
E todos os dias pela manhã, após alimentá-la, ele fazia as mesmas perguntas sem dizer mais nada e dava uma boa surra matinal na garota, concentrando-se na cabeça e em espetá-la com pregos por todo o corpo – e ele fez isso todos os dias, até o fim – de modo que em pouco tempo a estudante já estava toda cagada e mijada, com uma magreza cadavérica, tossindo muito, sem conseguir falar muita coisa além de um débil “por favor”. Dava pra ver as moscas que por vezes pousavam sobre seu corpo.
No fim dos três meses, Pedro chegou sorridente ao local, saudou Laís com um bom dia, tirou a mochila das costas e não usou a violência nem o questionário de costume. Em vez disso, contou como todos estavam preocupados com seu desaparecimento, como toda a faculdade estava mobilizada, distribuindo panfletos desde a primeira semana após o sequestro. Falava em um tom descontraído que a família fez apelos na Televisão para que sua querida filha aparecesse, junto com todo aquele drama, dizendo que era uma menina feliz, que sonhava ter sua própria agência de publicidade e blá blá blá...e mostravam fotos de quando era criança. Nunca mostravam fotos dela bêbada no banheiro sem calcinha oferecendo cu pra um homem. Por fim, anunciou:
“Mas fique tranquila, esse sofrimento acaba hoje. Você FINALMENTE TERÁ DESCANSO!” – disse animado, como quem anuncia um prêmio.
Abriu então a mochila tirou, sabonete, esponja e toalha. Deu um longo banho morno em Laís, ensaboando com carinho a paciência todo o seu corpo. A estudante estava aliviada, chegou mesmo a chorar sob a delicadeza do rapaz, que dizia: “Nossa, você está horrível. Não tem noção de como você está acabada” . Secou seu corpo, deitou-a em um colchonete que trouxera há poucos dias e fez amor com a cheirosa moribunda. Virou-a de bruços e, enquanto metia, depois de muitos dias voltou a ouvir a voz da garota, que gritava enquanto, um por um, seus dedos eram quebrados. Gozou.
Como se Laís não estivesse lá, gritando de dor, Pedro arrancou friamente cada um de seus dez dedos, distribuindo metade em seu canal vaginal e a outra metade introduzindo no reto da vítima. Ao terminar, simplesmente arrumou sua mochila e partiu, deixando-a nua, com as mãos e os pés amarrados às costas. Não retornou mais ao local. A estudante agonizou até a morte, sendo encontrada oito dias depois pela polícia local após uma denúncia anônima.
- Viu aquele tarado que prenderam ontem? O filho-da-puta arrancou os dez dedos da garota e enfiou no cu e na buceta dela ainda viva.
Alguns tablóides sensacionalistas, com seu senso de humor duvidoso, batizaram o crime como “O caso Eliana”, por causa da música dos dedinhos.